segunda-feira, 1 de novembro de 2010

UM HOMEM DE FIBRA

Foi um homem simples.Nasceu e cresceu na roça,não frequentou escolas,não teve boa instrução ou qualquer outro tipo de ensinamento profissional ou mesmo educacional.Se fez sozinho,no entanto foi o homem mais digno e honrado que conhecí.
Pouco estudou,mas isto não o impediu de lutar por um lugar ao sol.Sua vida toda foi só trabalho,trabalho e mais trabalho...nunca viajou a passeio ou teve qualquer tipo de lazer ou divertimento.Não conheceu as coisas mais bonitas que existem no mundo para nossa alegria e prazer...Viveu apenas para cumprir seu destino.Casou,enviuvou,casou de novo,teve muitos filhos,sempre na dura labuta para pôr comida na mesa para tantas bocas...                                        
Como não recebeu carinho nem demonstrações de afeto,não aprendeu a dar carinho nem demonstrar afeto por seus filhos,embora eu tenha certeza que os amou acima de tudo,só não soube como dizer que os amava...êsse foi seu único êrro...                                                                              
Eu o compreendia mais que todas as pessoas que ele conheceu;tímido,introvertido,sentia-se envergonhado por não ser um homem culto,mas no fundo,soube dar aos filhos o exemplo de que todos precisavam:de honradez,dignidade e honestidade que a maioria dos homens ditos"letrados"não sabem o que significa.                                                          
Seu exemplo há de ficar para sempre em minha mente e coração,pois eu o amei com o respeito,carinho e gratidão que ele sempre mereceu,e seguirei amando-o enquanto vida tiver.Sinto profunda saudade de sua presença amiga ao meu lado,pois a compreensão mútua que existia entre nós era um elo tão forte que nem a morte conseguiu partir...                   
Nunca o esquecí ou aceitei sua partida tão prematura...        
Esse homem,exemplo de vida para mim era "Meu pai".            
Que seu espírito descanse em paz,onde quer que ele esteja!

sscoqueiro                           01/11/2010





2 comentários:

SELMA DA SILVA COQUEIRO disse...

Esta crônica é dedicada a memória do meu pai,neste mês que completa 23 anos de sua morte.Minha saudade eterna!

sscoqueiro

Unknown disse...

Mamãe, o espírito do vovô nunca terá paz enquanto a senhora não aceitar a sua partida. Continue sempre se lembrando dele com carinho e amor, mais nunca lamentando, pois assim o fará sofrer, por saber que sua filha querida está sofrendo por sua falta. Pode ter certeza, um dia se reencontrarão e será a maior felidade para ambos, tenha fé, beijo.
ALLAN COQUEIRO

                                                                                                                 HOJE Hoje a tristeza tomou ...